Fiquei encantado com a comida italiana assim que o jato aterrou em Roma. Os aromas que emanavam das trattorias e das pizzarias pararam várias vezes no meu caminho. Podia ter chorado enquanto mordia uma travessa de bucatini all amatriciana na minha primeira noite lá. Cada refeição seguinte, desde linguine de camarão com vinho branco na Sicília a gnocchi caseiro com molho de natas em Florença, alimentou ainda mais o meu ardor.
Achei fascinante observar cozinheiros amadores e experientes a moldar cuidadosamente a massa à mão com atenção e precisão. Dito de forma simples, a massa fresca era mais saborosa, mais leve e mais fresca. Passava horas nos mercados a escolher o melhor azeite, manjericão e tomate para poder fazer os meus próprios molhos em casa. Acabei por ter a coragem de me inscrever numa aula de confeção de massas no final da minha viagem, onde os meus esforços medíocres foram recebidos com encorajamento e orientação. Isso despertou em mim o desejo de melhorar o meu método.
Tive dificuldade em reproduzir a textura delicada da massa feita em Itália nas minhas primeiras tentativas de a fazer em casa. A minha massa era um desastre para enrolar e moldar porque estava demasiado húmida ou demasiado seca. Mas eu estava determinada a continuar a trabalhar nela até ficar perfeita.
Costumava receber amigos para cursos de fabrico de massa aos fins-de-semana. Comparávamos várias variedades de farinha e descobríamos dicas como estender a massa rapidamente para evitar que se colasse. Com a prática e o contributo, a minha técnica foi melhorando progressivamente. Os livros de cozinha italiana com instruções completas sobre pratos como tagliatelle e pappardelle eram tesouros para mim.
Participei em concursos de cozinha locais à medida que as minhas capacidades melhoravam, ansiosa por demonstrar os meus dotes. Os meus raviolis cortados à mão com três queijos e massa de lasanha receberam grandes elogios dos juízes. Tornou-se um escape criativo para experimentar combinações invulgares de molhos e recheios. Nas celebrações, os meus pratos de massa fresca eram solicitados por amigos e familiares.
Apesar do facto de ainda ter muito a aprender, adoro o que faço. O processo adquiriu um carácter contemplativo. Saber quanto amor e atenção foram necessários para fazer aquela primeira dentada perfeitamente al dente torna o prazer ainda mais satisfatório. Fazer massa fresca é uma habilidade que deve ser dominada.
Com muita experiência no meu currículo, senti-me confiante em aplicar tudo o que tinha…